O Canal Tapacurá exibe o VIRA BICHO neste sábado.
Depois de cinco meses de produção, entre ensaios e gravações, o Canal Tapacurá vai estrear a websérie Vira Bicho no Silogeu, 29, às 20h e você não pode perder, caso contrário, mazelas irão acontecer. Brincadeirinha. O ingresso será vendido na hora e não me venha falar que você não pode pagar R$ 10 reais. Pode sim! E pode convidar muita gente, desde que seja maior de 16 anos. Entendeu, bonita?
Antes de você ler a entrevista com Artur Carvalho, lembre o que Silogeu só tem 240 lugares e que é proibido assistir pendurado na janela. Então, vamos lá:
[MATACULTURAL] A curiosidade está
matando o povo. Afinal, quando, onde e como será exibido o Vira Bicho?
[ARTUR] Dia 29, no Silogeu, às 20h. Exibiremos os primeiros episódios em parceria com o Cineclube
Avalovara.
[MATACULTURAL] Foram quase cinco
meses de produção geral. A maior dificuldade, ou melhor, o maior desafio foi
humano, técnico ou financeiro?
[ARTUR] Reunir amigos e pessoas
próximas em torno de um projeto artístico, sem grana e com pouca experiência no
Cinema,tem sido (porque ainda não acabou) uma escalada. É difícil dividir esses
três fatores, pois todos estão muito ligados.
(Foto: arquivo do Canal Tapacurá).
[MATACULTURAL] Alguém pode, por obséquio, resumir o Vira Bicho em algumas linhas?
[ARTUR] Sempre que me perguntam do que se trata o Vira Bicho, eu tenho medo de dar spoiler. Mas numa cidade onde a violência é palco, uma mulher que se chama Soraya, desaparece. Adubo para a mídia sensacionalista que põe terror na cidade. A partir disso vários personagens surgem, dentre eles o casal de protagonistas: Josué, poeta e cordelista e Goretti, evangélica e provedora da casa, que possuem conflitos de um relacionamento deprimente. A história é uma verdadeira teia de personagens que se relacionam de diversas formas, preconceituosas, amorosas, sexuais e fraternais. Tá bom, não quero falar mais, as pessoas têm que assistir.
[MATACULTURAL] Pelo que foi divulgado nas redes sociais do Canal Tapacurá, diversos assuntos “pesados” foram abordados, como: tráfico de crianças, violência explícita, assassinato etc. Por que tocar nesses assuntos?
[ARTUR] Acredito na Arte e na sua força em comunicar. Ora, vivemos num país violento e com grandes chances de um candidato intolerante ganhar as eleições. Representando a realidade podemos refletir sobre suas questões. A dor também ensina.
(Artur Carvalho. Foto: arquivo pessoal).
[MATACULTURAL] O Canal Tapacurá chegou a falar numa “Escola de Audiovisual”. Foi isso mesmo que aconteceu?
[ARTUR] Sim, mas não no sentido estrutural que o termo Escola exige. A experiência do Cinema é maravilhosa por vários motivos, um deles é a experiência coletiva. Funções foram distribuídas e consequentemente precisamos ensinar como se faz, pois arrisco dizer que 90% da equipe não possui experiência no Cinema e os outros 10% possui pouca. Assim, eu aprendi muito ensinando e o que eu não sabia precisei pesquisar. Hoje na fase de finalização acredito que todos aprenderam algo e nas próximas vezes teremos mais sabedoria e eficiência.
[MATACULTURAL] Lançar o Vira Bicho em plena campanha eleitoral foi premeditado? A web série deseja “futucar” as onças?
[ARTUR] Não, dependendo de nosso desejo essa série já tinha sido lançada. Mas como foi tudo colaborativo, o processo tem sido bem lento. Eu gosto de futucar a onça, mas esse não foi nosso objetivo.
(Arquivo do Canal Tapacurá).
SERVIÇO:
Websérie: Vira Bicho.
Produção: Canal Tapacurá.
Exibição: Cineclube Avalovara.
Local: Silogeu (Matriz - Vitória de Santo Antão).
Horário: 20h.
Classificação indicativa: Maiores de 16 anos.
Ingresso: R$ 10,00 (venda no local).
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