Secretário de Meio Ambiente do Estado visitou o Museu do Mamulengo de Glória do Goitá.

(Fotos: Pedro Caldas/Semas PE)


No dia 8 de agosto de 2021, o Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, José Bertotti, visitou o Museu de Glória do Goitá. Sua passagem pelo município se deu para conhecer as ações ambientais da região. Na oportunidade, a equipe do Museu apresentou ao Secretário às ações de salvaguarda e difusão da manifestação cultural do Mamulengo e a importância da árvore do Mulungu (matéria-prima para confecção dos bonecos) enquanto um patrimônio ambiental.

“O Museu do Mamulengo de Glória do Goitá é um patrimônio da nossa cultura. Você sabia que os bonecos são feitos da madeira do Mulungu, uma árvore nativa do Brasil? Isso ocorre de forma sustentável, sem provocar desmatamento! Os artesãos foram orientados a não derrubar as árvores, e só usam o mulungu caído. Dentro das ações do programa de Reflorestamento de Pernambuco, vamos colaborar com a preservação do Mulungu, inclusive para garantir o futuro da cultura do mamulengo”, destacou o Secretário José Bertotti.


(Fotos: Pedro Caldas/Semas PE)


Em entrevista ao Matacultural, o Responsável Técnico do Museu, Gilvanildo Ferreira, nos falou sobre a visita do Secretário e a importância da relação entre patrimônio e meio ambiente. “Está sendo articulado, com a colaboração do Presidente da Agência Estadual de Meio Ambiente – CPRH, Djalma Paes, a criação de um selo de sustentabilidade ambiental para a atividade desenvolvida pelo Museu do Mamulengo de Glória do Goitá”.

Continua Gilvanildo: “Para além das contribuições com esse bem imaterial registrado pelo Iphan, que é o Mamulengo, o Museu tem refletido sobre a importância de suas práticas ambientais, levando em conta que a árvore do Mulungu é a principal matéria-prima para a confecção dos bonecos. Entendemos que essa árvore abarca as condições para se transformar num patrimônio ambiental do Estado”.


(Fotos: Pedro Caldas/Semas PE)

“Usando como exemplo a árvore do Mulungu, o meio ambiente pode ser compreendido e assumido como um processo patrimonial, ao ser apropriado numa ação de musealização que busque oferecer formas para salvaguardar e comunicá-lo. Nosso intuito é que com essa institucionalização, possamos garantir a conservação desta árvore, seu uso de modo sustentável e a justa repartição dos benefícios gerados pelos seus recursos”, finaliza.


Fotos: Pedro Caldas/Semas PE. 

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